segunda-feira, 20 de julho de 2009

Era da retórica e da imagem, mais vale dizer do que fazer!

Estamos em ano de várias eleições e não é de estranhar por isso a proliferação de cerimónias a propagandear grandes melhorias nas vidas das pessoas, e aqui a deficiência é campo fértil para cativar as emoções, sensibiliza dizer que se ajuda os mais desfavorecidos, que se investe como nunca no social, mas eu por mim como um racionalista estou saturado destas sucessivas feiras de vaidades de ministros, subsecretários de estados, partidos da oposição a recalcitrarem também nas promessas do provir, certo que vivemos numa época em que mais importante do que fazer é dizer que se faz, mais importante ainda é aparecer a dizer que se implementa isto e aquilo, é assim a sofismável era da imagem, mas não seria preferível fazer jus ao conceito antanho de pólis, enobrecer a política, consubstanciar a palavra no serviço à comunidade e não nos servirmos a nós próprios! E para rematar em beleza, que tal a maioria de que vieira da silva faz parte aprovar o anteprojecto que permitiria aos deficientes acumularem as míseras pensões com os potativos exíguos salários ou farão como fizeram com o testamento vital, que é como quem diz, jogaram-no às malvas...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

eles falam falam, mas não fazem nada

com todo o respeito e apreço pelo esforço, dedicação, arrojo e inventiva dos inventores, mas quanto aos representantes governamentais nestas cerimónias, a minha profunda lamentação, até parece que estudaram a obra de lenie riffenstall o triunfo da vontade, é só propaganda, e em termos práticos, quase nada, a não ser que estejamos todos enganados , e os portadores de deficiência que necessitam de ajuda e solidariedade estejam nas beneméritas instituições: bpn, bcp ou no bpp...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Reflexões existencialistas de um cego ateu

somos predadores, descendentes do primata da áfrica Austral, evoluimos, civilizamo-nos na Mesopotâmia, mas o caminho ainda é muito longo até aceitação da diferença, e quando essa diferença reflecte no outro um estigma de inferioridade, de duas uma: ou causa a peninha misericordiosa ou repulsa; mas a perda de alguma coisa, neste caso a perda de um sentido, que o senso comum postula como o sentido mais importante, confirmado pela ciência que lhe atribui cerca de 78 por cento de capacidade para percepcionar o mundo externo dos sentidos ainda pior, mas resta-nos estudar Platão e forjarmos o nosso carácter e personalidade no mundo das verdadeiras ideias o mundo inteligível e deixar o mundo dos equívocos, o mundo das cópias. Ainda falta muito ou nunca lá chegaremos neste mundo terreno, plasmado na imperfeição, para quem acredita no oásis da vida para além da morte será mais fácil aceitar reveses aqui sentidos, mas nem assim com a esta ferramenta inultrapassável que o homem crioupara o confortar das dificuldades inultrapassáveis que vou acreditar em narrativas mítico-religiosas, resta-nos então fazer um caminho individual, um existir moldado na nossa auto-determinação, no nosso livre arbitrio e esperar que o acaso , o fortuito nos seja favorável, eu por mim faço e farei face a este destino com um existencialismo de moral de desligar do trascendente e interagirei com a minha ética ateia, uma ética que não necissita de me projectar no outro para proceder com altruísmo, uma acção independentemente dos comportamentos alheios, apenas uma moral trabalhada no meu interior, uma tentativa de sublimação do eu, sem esperar recompensas divinas.