sábado, 19 de junho de 2010

Finou-se Saramago, crescem as banalidades, sucateiros , loureiros e afins.

O Nobel fabricava explosivos e o Saramago ao morrer faz explodir a hipocrisia, melhor dizendo implodir, pois essa força centrífoga não terá grande visibilidade na nossa sociedade, pois seria incómoda para a nossa modorra vivencial. Saramago foi até hoje o primeiro e único autor lusófono a ganhar o prémio Nobel da negociata das letras, a que se convencionou chamar um galardão literário.
Historiando este prémio: este prémio foi criado pelo escandinavo Alfred Nobel como uma descarga de consciência para toldar as mortes que provocou o seu negócio de tungsténio. A vida é feita de incoerências. Como foi possível Saramago um comunista aceitar os louros e os proventos de um prémio capitalista!? vou debruçar-me agora sobre o item que deveria ter sido o dealbar desta prosa. Ainda ontem ouvi em gravações nas televisões Saramago a desdenhar das capacidades intelectuais de Cavaco Silva. Apelidou-o de génio da banalidade. Não foge o nosso presidente à regra do que são os nossos , melhor dizendo os políticos, não nossos políticos, porque eles governam-se é a eles. Por isso são indigentes espirituais, todavia com os bolsos cheios de materiais... E viva aos materiais, viva o sucateiro de Aveiro, o grande Manuel Godinho... E será que este grande português, homem dinâmico, proficiente e modelo para os mais novos, homem empreendedor e sobretudo muito criativo... Com jeitinho ainda tirava algum curso de engenheiro aí numa qualquer universidade construída à pressa, até podia ser feita com Legos... Certo, perdoa-me Jorge Coelho, já me esquecia de ti e da benemérita Engil, por isso não serão de lego... Mas não perdendo o fio à conversa, não existe por aí uma ordenzinha de Cristo ou mesmo de Santiago para condecorar mais este grande Português? Não, não, não, não me esqueci de ti Dias Loureiro... Também com toda a certeza para ti, homem inovador, arrojado, insigne administrador que fez crescer de forma inusitada várias instituições financeiras portuguesas, para ti se não restar pelo nosso burgo uma condecoração para tão ilustre figura como tu, poderemos pedir ao imaculado Vaticano para te laurear com a ordem de Santo Gregório IX, o grande criador da Santa Inquisição, ou Mesmo um galardão em nome de um Papa como um Cesar Borgia, outro modelo de virtude, ou ainda e como comecei a falar de dinamite e xplosões, que tal uma condecoração em honra do grande benzedor das bombas nazis. Olha por ti sr. Loureiro não poupo esforços, a tua dedicação a este país , tudo merece. Mas para finalizar o ponto que quero vincar, será possível o presidente deste país falido ainda ir assistir às cerimónias fúnebres do escritor e encenar mais uma vez a farsa da doença da normalidade chamá-la de discurso de estado? Acredito que sim, e já agora porque não o Sousa Lara a fazer um discurso encomiástico ao homem do Azinhal? E com este circo montado só resta dizer: só mudam as moscas, pena serem estes insectos verdes, que a merda continua a mesma...

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